Wednesday, January 05, 2005

Garinas on Waves

O hediondamente denominado (pelos portugas, está bom de se ver!) barco do aborto, conduzido pelas mãos de alguma menina da associação holandesa Garinas on Waves... Ups!.. Women on Waves, não veio a Portugal em vão. Veio mais para nos abrir inúmeras oportunidades de negócio do que para lutar verdadeiramente por uma causa. Não estarei longe da verdade se disser que centenas de empresários portugueses estudaram já o assunto e começaram a esboçar um planeamento estratégico para a diversificação das suas actividades. Já se sabe que o segredo para a sustentabilidade de qualquer empresário (Verdade!... A sustentabilidade não se quer para as empresas ou para os negócios mas sim para os empresários) é bater em muitas frentes, tendo bem definida cada uma delas, é claro, tendo formalizado e instituído para cada uma a sua missão. Uma missão precisa e bem estruturada funciona em qualquer área como a melhor das balizas para enquadrar os mais diferentes objectivos, especificações do propósito máximo para uma organização. Actuar em várias frentes é garantia de que no final de tudo (ou mesmo logo no início) haverá dinheiro suficiente (não sendo premissa básica) para comprar o carro alemão, francês ou sueco, que desde tenra idade cinge os movimentos psíquicos e intestinais de alguns (a maior parte) dos nossos “empresários”.
Ora, senhor empresário, aqui a ideia é simples (vamos ler devagarinho para ver se não sufocamos): Se Maomé (como é que se chamava mesmo o jovem?) não vai à montanha vem a montanha a Maomé. Se o barco não entra em águas nacionais porque vai contra a lei portuguesa, vão os nacionais ter com o barco e ficam desobrigados de a cumprirem. 12 milhas apenas! Onde é que está a oportunidade de negócio, onde está? Está nas doze milhas! Imaginem, a título de exemplo: O navio Silva’s Coffe Shops, charre-se no mar e vá curtir para terra; ou então, o Bordéis Navega, passe a noite embalado em boa companhia; ou, porque não, o Eutanásia Boat, há mar e mar há ir e ficar; o Catamarã Pena de Morte é também um bom negócio, venha cá que nós tratamo-lhe da saúde. Tudo a 12 milhas da costa. Simples, não? Cria-se uma empresa na Holanda, aluga-se um barquito com luzinhas deslumbrantes, para ser visto em alto mar, e toca a trabalhar!
É para ideias como estas que o nosso governo deve orientar os seus esforços. Ideias que trazem diversificação à nossa oferta turística e movimentam todos os sectores que lhe dão suporte. Passaremos a ter um mar cintilante e iluminado durante a noite, o que é agradável de se ver, e a Transtejo e todas as outras empresas de transportes terão oportunidade de alargar as suas redes, com a criação de carreiras regulares até às 12 milhas.
Senhor empresário, tenha em atenção que a esta altura do campeonato, apenas poderá prosseguir com um negócio destes em formato franchising - Sim, tenho que ganhar alguma coisa com ideias terríveis como esta. O suporte logístico e judicial ficará a meu encargo, afinal é assim que manda a lei dos franchizados.
Abra o seu negócio em alto mar, garanta já o seu Mercedes!

1 Bocas:

Anonymous Anonymous Disse...

Demonstração muito interessante e pertinente


Pena que nao tenho barco!..;-))

9:06 AM  

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